O grito de Karl Marx e Friedrich Engels, no Manifesto Comunista de 1848, continua atual e vivo na mente de homens e mulheres que lutam por uma nova sociedade: “Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!” Com certeza a união dos trabalhadores ao longo da história proporcionou a conquista de direitos fundamentais e a correção de rumos do País. Atualmente, quando se fala em crise do sindicalismo, mais do que nunca a classe trabalhadora deve – para além das lutas corporativas – abraçar as causas coletivas que resultem na promoção da dignidade de todas as pessoas. A classe trabalhadora resiste e opõe-se às forças das elites econômicas, com sua luta, visando conquistar novos direitos e preservar os já conquistados.
O nosso patrão é o Estado. Grupos são eleitos para gerir o Estado em determinado momento e com interesses políticos diversos. Todavia, nós somos servidores da sociedade, embora geridos pelo governante de plantão, devemos ter compromisso com ela, da mesma forma como categoria nosso compromisso também é com esta, independente da “cor” que esteja no poder.
Como trabalhadores, buscamos também a organização sindical e a ideia é a mesma: juntos faremos frente às estocadas do “Estado-Patrão”. Nesse sentido TODA AJUDA É BEM VINDA, por isso defendemos a filiação às centrais sindicais, sejam elas quais forem. No caso do nosso CPERS, estamos ligados à CUT, e em muitos momentos essa central sindical apoiou, mobilizou e deu estrutura às nossas lutas. Precisamos sim do apoio dos metalúrgicos, dos bancários, dos trabalhadores da construção civil entre outros para engrossar nossa mobilização. Estes muitas vezes fizeram o papel que nos cabe, e que por comodismo, omissão ou desalento, deixamos de fazer. Eles estavam lá nas nossas “caminhadas” enquanto muitos continuavam em sala de aula.
Causa estranheza, portanto, que pseudo formadores de opinião tenham preconceito em se unir a essas categorias, certamente não conhecem a história e a lógica dos movimentos sociais: “trabalhadores uni-vos”, não faz sentido para a maioria. “Pertencemos à outra categoria, somos a elite da classe trabalhadora”. Será? Sabe quanto ganha um metalúrgico? Certamente mais que você colega! Muito embora ele engula alguns “Ss”, ou fale “seje”! Mas tenha certeza, a visão de conjuntura política-econômica-social que ele tem deixaria você envergonhado.
Vergonha foi o que senti ao ver um nítido preconceito por parte de alguns colegas professores a um metalúrgico, que dispôs do seu tempo para fazer uma fala sobre conjuntura e a importância da mobilização sindical. Naquele momento ele estava representando a CUT, central sindical a qual nosso CPERS é ligado, portanto sua presença era legítima, ele estava cumprindo sim o seu papel social. Por que numa reunião de professores da escola? Porque muitas vezes solicitamos formação, não apenas a pedagógica, que também não agrada a todos, mas também formação sindical, para que saibamos como e porque brigar ou,pelo menos, para que tenhamos noção de que nós e os metalúrgicos estamos do mesmo lado.
Colega, de quem mesmo é a luta?
Vamos ocupar todos os espaços. Os veículos de comunicação da web ainda são democráticos.
Divulguem o link do blog. Participem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário